01 julho, 2007

Alma imoral?

Deixei por vir talvez um dia minha alegria.
Mas sei que não estarei aqui pra recebê-la,
Sei apenas que meus anjos deixados na terra,
Serão as benções da comunhão desta alma.

Cantei em prosa falada as enfadonhas alegrias do dia a dia.
Rezei em missa solene, com teço e mãos postas, àquele que não treme.
De Cícero nome falado em todo o nordeste já acabou com a peste,
Mas minha agonia de ver sem vermes e a ausência de herdeiros
Já deixou da peste! Essa cabra que estas linhas escreve...

Sei que não reclamo essa barriga vazia,
Mas sei também que mais um injusto nesta mesa comeria.
E para mais um justo o pão dividiria,
Mas deixo estas decisões para os de Brasília...

Contem comigo pra encarecer os vaus desta terra.
Que produz e planta e que dá ouro,
Mas do cangaço só me sobrou o couro,
o punhal e a teimosia,
Pra poder viver nesta terra tão arredia...
Onde um dia morreu Sião e amanhã eu morreria.
Onde reis se perdem e justiça não chega,
Onde homens matam e mulheres choram
Onde a força ferrenha prevalece
Onde a alma brasileira se escreve
Onde a farsa se esvai...

Onde o romântico se comove.
Onde Guarani Peri a Ceci escolhe...
Onde eu deixei minha prole.
Onde passei e fiquei.
Onde?

Nesta terra daonde vim
Nesta prece que teci.
Neste mal que cometi...
Afinal ser brasileiro, é ser, sempre, otimista...


Essa não é das melhores...
mas eu gsotaria de
publicar algo hoje, afinal estou em um
momento de puro ufanismo...