16 julho, 2007

continuo de 12 de julho de 2007...


Infame é a sapiência!


Mística e indescente...


De que me serve tanto conhecimento se ou apenas um, só e vazio. E por que é o numero um que me representa. O uno sou eu!? Um Deus pecador?! Sou um sacrilégio personificado? Aquele que conhece ao bem e mal e determina em seu próprio juíjo. Hipocrizia declarada de uma razão humana...

Escarnio, Razão esta que se faz aqui. O embuste de um palavrório profano e oculto. Que cita e clama pelos elementos que compõem a vida. Mulher, homem e filho. Os três elementos de contrução do mundo. Elementos de maturação da vida, da compreensão e da confusão, da perda e desilusão, da morte sólida e fria.

Quem se desespera com a desestruturação da carne? A ação de nossa respiração, interminavel oxidação. O odor agourento que sobe junto com a alma que se desprende. o róseo palidecer de uma face. Para então entumescer. Os vermes que maturam nas fezes acumuladas nestes imóveis intestinos. Aeclosão e o farto banquete estático que se segue. o bolor que esmaece ao castanho dos olhos. O chorume de nossos corpos...

Não se sabe porque temer a morte?

Não se sabe o que se passa para o insano que indaga ao tempo e afirma que tempo e morte não existem?

Qual o seu fim? união ao espirito?


Volto ao mito da caverna onde sombras me atormentam e me negam a luz...

volto a escrever o escuro negro manto da morte como ela se apresenta em distâcia...



Volto depois para deixar um novo recado deste manifesto...

A priori...



Pra mim basta este dia,
Na libido me realizar.
Numa interminável noite fia.
Veio o beijo que desejava.
Dessa linda, pequena, guria.
Que no arrebato me ama,
Se não fosse minha calmaria...

Sentir e viver essa agonia,
Da incerteza e da dúvida.
Ainda me causa pavor.
Mas não quero mais a dor,
De ver sofrendo meu amor...

E me dei a ela sem pudor.
E a despi sem pudor,
Nossos corpos unidos no calor,
O gozo alto e o torpor,
O carinho, um olhar, meu amor...

Isso sim é viver.
Mergulhado em paixão,
Benção desta noite à meia luz,
Fogo presente sem fim.
Surpresa do dia que me fez feliz,
A mulher do colo nu de querubim.

Perder-me na paixão desta noite,
Este seio quente,
Faz-me pessoa contente...
Mulher me invade de repente.
O alvo rosto de olhar sorridente.
O toque do pé frio inconveniente
O arrepio debaixo do edredom.
O abraço num cochilo terminou.
O feliz que esboça o riso
E alvorada surge pro novo dia...

Novo rumo


Não desejo de forma alguma viver à minha sombra.
Não desperto sempre ao raiar de um novo dia.
Mas farei de mim o que desejo, farei de mim alegria.
Pois sei certo que não agüento quem me ordena,
Pois não quero que me digam qual a minha trilha,
E mesmo que estejam certos, quero quebrada minha cara.
Já que ando sempre sobre minha própria perna.
Já que percorro assim minha linha.
Mas vejo meu caminho melhor nesta hora,
Porque deixo um traço curvo pela reta.
Porque quero ser tratado burro na certa.
Mas homens de bem não recebem n’alma,
Duros contras, e nem parva chacota.
A dor que me faz pegar nesta caneta,
A flor que depositaram em minha cesta.
Mas deixo pra trás não só uma funesta,
Deixo também meu martírio e minha dor.
Deixo registro de todo meu ardor...
Mas adoro acreditar na rima,
E dizer que o fim se aproxima.
Para este que escreve,
A hora chegou.
A mudança só começou...