12 agosto, 2007

Acho que enlouqueci....


Gostaria de deixar este corpo no repouso.
Tenho muito andado em busca de meu gozo.
Vou passando e deixando marcas pra esse povo.
Venho da parte desta sabia esfinge,
Do Ápis Deus todo poderoso,
Sabe da fúria que leva em seu dorso.
Sabe da expressão pálida no meu rosto.
Vê ao meu lado a esperada consorte.
Que das estranhas palavras do Oráculo,
Não deveria me ser mais que amigo,
Da sua brancura, beleza e seio,
Preferia eu, tê-la esperado na morte.
Mas ávido, e de bom galanteio,
Não perdi dela o menor momento,
De quebra garanti-lhe o sustento,
Nesta fúria mandei o boi ao abate!
E dele nem o mocotó quero!
Por esta alma eu me sacrifico!
Por meu peito mais que grito!
Quero ser mais que só teu amante!
Quero ser pai, e quem sabe vovô.
Quero dar a luz como tu
Quero fazer-te amar mais que eu.
Quero poder dizer toma que o filho é teu...

Volto já

Retrato o que digo dentro de meu castigo...
Sei que tenho refletido mais que o usual...
Sei que minhas entranhas estão amontoadas...
mas que minhas idéias seguem claras...
Mas que noites são escuras...

Digo que não tenho mais o que dizer...
pois antes de escrever
ainda tenho muito o que viver...

Mas a vida não há só de ser escrita...
há de ter a guarida
de algum bom Deus ai...

Mas deixo aqui mal escrito o meu dito...
E passo alguns dias no escrito...
Baixo no volume extenso no tamanho...
Encolhido num breve pedaço de meu hd...